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Quando amanhacer - capítulo V

Os ponteiros que já quase indicavam 22:00 horas o que deixava Gabriela ainda mais anciosas para sair por aquela porta da frente com o desenho de um café. A chuva ainda era persistente e forte lá fora e o movimento do cafézinho diminuira gradativamente. Gabriela limpava o balcão onde estava o caixa, ela parecia não estar ali, alienada e com cara de quem está bastante cansada. Ela limpou até que o os ponteiros indicaram finalmente 22:00 e o relógio suou o final do espediente. Ela, mais rápido do que todos seus colegas de trabalho, pegou sua bolsa e saiu quase correndo, cabeça baixa e calada , saiu pela inusitante porta parando exatamente no ponto de ônibus em frente a caferia. Não demorou muito e o ônibus 078 que a levava para casa chegou. Subiu no ônibus, comprimentou o simpatico motorista e se sentou na cadeira ao lado da janela, para poder ver bem as gotas escorrendo pelo vidro da janela. O ônibus estava deserto, apenas ela e o motorista. Na tranquilidade da viagem, a solidão estampada no rosto do motorista e o onibus tomado por um silencio indiscultivel foi assim a viagem inteira até que o o celular de Gabriela toca. Era Marcelo.

- GABRIELA , ONDE ESTÁ VOCÊ?
- oi?
-Cade você? eu te esperei por um hora! nós tinhamos marcado de nos ver!
- aaaah! é mesmo, me perdoa? eu realmente esqueci e acabei fazendo hora extra.
- AH ! não sei não Gabriela, estou muito chatiado... de verdade, você me esqueceu. O que aconteceu para esquecer assim ?
- nada não... essa chuva... lotou a cafeteria
- hum, sei... a gente se esbarra por ai, falou.
- tchau Marcelo, boa noi...

Legal, ele desligou. Ela pensou. Mal encerrou a ligação e o ônibus ja parará em seu destino e Gabriela desceu o ônibus. Não demorou muito e Gabriela ja estava em casa, aliviada e louca para um banho de agua quente, jogou sua bolsa de qualquer jeito no sofá e se dirigiu imediatamente para o banheiro. A agua caia em seu corpo como uma luva, Gabriela pensava no seu dia com despreso, até se lembrar do que tanto evitou pensar nas horas passadas, ela se lembrou do rosto sorridente e da formosura e conforto que aquele sorrizo lindo a trouxe. Por um momento aquele momento em especial compeçou todo seu dia mediocre. Gabriela pensava com tanta profundidade na tal moça que chegava a desejar ter ao menos a chance de ver aquele sorrizo novamente, Gabriela desejou tanto que se envergonhou dos seus querer íntimos e os trancou no fundo do seu coração, onde ninguem podesse notá-los. Envergonhada Gabriela foi durmir sentido no travesseiro ao lado o cheiro de Marcelo, o seu amado amante.

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